Investigação conjunta da Receita Federal e Polícia Federal visa desarticular esquema de sonegação de impostos e lavagem de dinheiro praticado por bandas de forró em conluio com empresas de entretenimento.
Policiais federais e auditores-fiscais cumpriram nesta terça-feira (18) 76 mandados judiciais, sendo 32 de condução coercitiva e 44 de busca e apreensão nas cidades de Fortaleza-CE, Russas-CE e Souza-PB. Os alvos da Operação For All são 26 empresas da área de eventos, dentre elas, a A3 Entretenimento, dona da banda Aviões do Forró e de outras bandas de forró.
Segundo os investigadores, o faturamento que as bandas declaravam à Receita Federal era de apenas 20% a 50% sobre o valor médio dos cachês cobrados nas apresentações. O restante do cachê era pago em dinheiro vivo e não era declarado à Receita Federal. Com a parcela dos cachês pagos em dinheiro, os representantes dessas empresas adquiriam bens móveis e imóveis. Entre os itens apreendidos, estão aproximadamente R$ 600 mil em espécie. Além disso, 163 bens, entre veículos e imóveis em nomes de pessoas físicas e jurídicas foram bloqueados.
Todo o material apreendido será analisado pelos auditores-fiscais para apuração do imposto de renda devido. A estimativa inicial da Operação For All é que o esquema tenha omitido mais de R$ 300 milhões em receitas ao fisco.
Operação For All
O nome da operação deflagrada hoje “For All” é uma expressão da língua inglesa que significa “para todos”. Segundo versão divulgada pela Polícia Federal, no início do século XX, engenheiros britânicos instalados em Pernambuco para construir uma ferrovia, promoviam bailes abertos ao público (for all). Assim, o termo passou a ser pronunciado “forró” pelos nordestinos.
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