A Receita Federal divulgou nesta sexta-feira (29) os números atualizados da arrecadação tributária federal nos seis primeiros meses do ano. De janeiro a junho, as receitas federais somaram 617,2 bilhões. Considerando a inflação, houve uma queda de 7,33% em relação ao mesmo período de 2015. As únicas receitas que tiveram aumento na arrecadação foram o imposto de renda retido na fonte sobre ganhos de capital (+6,38%) e a CIDE-combustíveis (+411,41%).
O resultado da arrecadação tem relação direta com o desempenho da economia brasileira, que vem sofrendo no período quedas consecutivas nas vendas e na produção de bens e serviços. As atividades econômicas mais afetadas pela queda de arrecadação das receitas administradas pela Receita Federal (exceto previdenciárias) foram a metalurgia (-31,76%), a fabricação de veículos automotores (-28,06%) e a fabricação de máquinas e equipamentos (-24,11%).
Segundo Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros (CETAD-RFB), “Como ocorreu no mês anterior, nesse mês de junho, verificou-se uma estabilização na velocidade da queda das receitas. A expectativa é que a arrecadação irá apresentar resultados positivos em momento posterior, com a recuperação do nível de emprego, a elevação da renda e a retomada do consumo”, finaliza.
Em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve queda de 3,8%. De acordo com o boletim Focus divulgado em 22 de julho, a previsão do mercado para o PIB em 2016 é uma queda de 3,27%.
Leia também
Como fazer a declaração do imposto de renda
Imposto de renda 2020: Quem precisa declarar
Como funciona o pagamento da restituição do imposto de renda